sábado, 25 de dezembro de 2010

Insanidade Generalizada

     Fico passada com essa juventude atual que precisa se vestir como araras para aparecer. E, no entanto, depois de uma combinação de uma calça laranja com uma blusa rosa e um sapato ridículo, compondo quase uma nova geração de Menudos (tão vazia quanto), tocam suas guitarras para cantar sua tamanha imaturidade. Fala-se de amor da maneira menos alegórica possível, da mesma forma que os cantores brega já o fazem a muito tempo.
     Oh Deus, alguém pode me informar onde está a geração coca-cola que garantiu mudar o mundo? Se são seus filhos, em que mudaram? Onde está aquele espírito político das passeatas de protesto? Onde se escondem os gênios das músicas de duplo sentido? Chico, Caetano, salve-nos, urgentemente!
Precisamos de socorro. É triste continuar lamentando a incompetência da América católica que troca Neruda, Machado, Drummond, e tantos outros mestres por qualquer Crepúsculo ou Harry Potter.
      É necessário apresentar aos araras as canções de protesto do nosso Buarque, ou a estética da Tropicália. Deve-se providenciar injeções intravenosas de rock NACIONAL anos 80. Que a lembrança do Barão nos salve das cores sem sentidos, e que a Legião nos conforme das músicas medíocres.
Que saudade dos seus heróis que morreram de overdose, Cazuza. Hoje cultuamos os importados. Falou Lady Gaga! Se eles entendem de política o que cultuam de estética, estamos fritos!
     "Será que apenas os hermetismos pascoais, os TONS, os MILTONS, seus sons e seus dons geniais, nos salvam, nos salvarão dessas trevas? E nada mais..."

Um comentário:

  1. Eu sou fruto da geração coca-cola e estou lutando pra mudar pelo menos a realidade dos jovens de hoje em dia como professor. é difícil mesmo, não vou mentir. Mas a luta continua.

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