Fico passada com essa juventude atual que precisa se vestir como araras para aparecer. E, no entanto, depois de uma combinação de uma calça laranja com uma blusa rosa e um sapato ridículo, compondo quase uma nova geração de Menudos (tão vazia quanto), tocam suas guitarras para cantar sua tamanha imaturidade. Fala-se de amor da maneira menos alegórica possível, da mesma forma que os cantores brega já o fazem a muito tempo.
Oh Deus, alguém pode me informar onde está a geração coca-cola que garantiu mudar o mundo? Se são seus filhos, em que mudaram? Onde está aquele espírito político das passeatas de protesto? Onde se escondem os gênios das músicas de duplo sentido? Chico, Caetano, salve-nos, urgentemente!
Precisamos de socorro. É triste continuar lamentando a incompetência da América católica que troca Neruda, Machado, Drummond, e tantos outros mestres por qualquer Crepúsculo ou Harry Potter.
É necessário apresentar aos araras as canções de protesto do nosso Buarque, ou a estética da Tropicália. Deve-se providenciar injeções intravenosas de rock NACIONAL anos 80. Que a lembrança do Barão nos salve das cores sem sentidos, e que a Legião nos conforme das músicas medíocres.
Que saudade dos seus heróis que morreram de overdose, Cazuza. Hoje cultuamos os importados. Falou Lady Gaga! Se eles entendem de política o que cultuam de estética, estamos fritos!
"Será que apenas os hermetismos pascoais, os TONS, os MILTONS, seus sons e seus dons geniais, nos salvam, nos salvarão dessas trevas? E nada mais..."
Eu sou fruto da geração coca-cola e estou lutando pra mudar pelo menos a realidade dos jovens de hoje em dia como professor. é difícil mesmo, não vou mentir. Mas a luta continua.
ResponderExcluir