Fazia frio naquela quase manhã. Ele acordara com os primeiros raios de sol. Olhou o lado. Ela repousava os cabelos castanhos sobre o travesseiro. O cobertor de lã insistia em manter descoberta sua pele branca. Ele lembrava os sonhos, o samba e as realidades da noite anterior e sorria torto velando o sono dela.
Uma garrafa ainda repousava no chão, o trânsito já começava a reclamar daquele espreguiçar eterno. O relógio batia frio a hora de acordar, e, no entanto, ele lutava contra o muito sono que lhe atormentava e o convidava para mergulhar de volta ao aconchego. Ela virou-se e descobriu involuntariamente o resto da perna já desprezada pelo cobertor. O que estaria sonhando? Não conseguiu acordá-la.
Ele lutou contra o desejo de permanecer. Aninhou-se em seus braços e falou alguma coisa ao seu ouvido. Ela riu e ronronou algo, não deu pra entender. Precisava levantar. Beijou-lhe a face ainda ressonante. Fez um café pra dois. Tomou banho e saiu. Algum tempo depois ela acordou. No despertador, a hora de trabalhar. Na cozinha, um café forte. Na mesinha ao lado da cama, um bilhete.
-Bom dia, amor. Já estou no trabalho. Seu sono não me deixou te acordar. Tive vontade de ficar com você, mas você sabe, não posso. Te pego às 19:00 pra jantar. Esteja pronta. Amo você.
Ela riu. Arrumou-se e saiu pra trabalhar. Como era difícil amanhecer...
Não sei, mas esse texto me deu vontade de casar logo. =) Adorei.
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sou do time q tem muito sono de manhã e escuta a correria da cidade ainda na cama. pena q já não tenha quem me deixe café pronto e bilhetinho (azul com garranchos)...
ResponderExcluirbom 2011!
Simples gestos são coisas tão importantes não é mesmo ?
ResponderExcluire obrigado pela visita !
volte sempre !
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